Sociedade

Violência contra a mulher: conheça os tipos e saiba como combatê-la

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Atualizado em 04.05.23
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Falar em violência contra a mulher não é tratar apenas de agressões físicas. É falar sobre uma cultura que ainda está muito enraizada em nossa sociedade, entender que existem diversos tipos de violência e que é preciso lutar contra todas elas. Para isso, confira um artigo para que você saiba tudo sobre esse tema tão discutido no movimento feminista.

O que é violência contra a mulher?

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Em resumo, a violência é qualquer tipo de agressão contra uma mulher. Seja ela física ou não, é qualquer forma de abuso que possa inferiorizar, ofender ou agredir uma mulher. Segundo a ONU, a violência contra a mulher é uma pandemia invisível.

Causas da violência contra a mulher

As causas mais frequentes da violência contra mulheres estão relacionadas ao machismo e à estrutura patriarcal da nossa sociedade. O ciúme, a sensação de posse, a necessidade de controle e a concepção de que a mulher deve satisfazer o homem podem ser as principais causas. Compreender as causas e discutir sobre a questão é essencial para desconstruir esses comportamentos e combater a violência.

Tipos de violência contra a mulher

Mas, afinal, quais são os tipos de violência contra a mulher? Segundo a Lei Maria da Penha, que aprofundaremos mais adiante, há 5 tipos de violência contra as mulheres. Além desses, existe a violência política de gênero, criminalizada pela Lei 14.192, de 4 de agosto de 2021. Confira mais detalhes abaixo:

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Dicas de Mulher

  • Violência física: essa, talvez, seja a forma mais perceptível na sociedade. É quando a mulher é vítima de agressões físicas, que vão desde um aperto nos braços até a tortura.
  • Violência psicológica: é qualquer ato que cause danos psicológicos ou emocionais à vítima. Aqui, estão inseridas condutas como ameaças, humilhação, manipulação, isolamento, constrangimento, chantagem e vigilância constante.
  • Violência sexual: é a conduta de impor que a mulher assista, realize ou participe de uma relação sexual não desejada. Quando falamos desse tipo de violência, fica claro o termo estupro, mas ela pode ir bem mais além. Atos mais sutis, como impedir que a mulher faça uso de métodos contraceptivos ou forçar a parceira a realizar atos sexuais em um matrimônio, também são considerados violência sexual.
  • Violência patrimonial: é a retenção, subtração, destruição parcial ou total de bens, valores, documentos ou recursos econômicos.
  • Violência moral: é o ato de caluniar, difamar ou injuriar uma mulher.
  • Violência política de gênero: são ações ou omissões com objetivo de dificultar, ou impedir que a mulher participe da vida política e ocupe espaços para exercer seus direitos políticos.

Como você viu, alguns atos que podem parecer normais à primeira vista também se encaixam no conceito de violência contra a mulher. Por isso, devemos estar sempre atentas a esses comportamentos no dia a dia, para que sejam combatidos e o agressor seja punido. Quando tolerada, a violência tende a se tornar cada vez mais escancarada e pode terminar em feminicídio.

Como combater a violência contra a mulher

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Além de denunciar, o combate à violência contra a mulher deve ser feito diariamente, e não apenas em situações extremas. São diversas atitudes que devemos tomar como sociedade e que vão fazer a diferença. Confira:

1. Discutir a masculinidade

O conceito de masculinidade tradicional precisa ser discutido e revisto, pois é uma das causas da violência contra a mulher. Situações que parecem inofensivas, como falar que homem não chora ou que rosa é cor de mulher, podem contribuir para a manutenção de uma sociedade machista. Por isso, é essencial rever esses conceitos que contribuem para a masculinidade tóxica.

2. Abolir expressões machistas

Uma das atitudes que podemos tomar na nossa rotina é abolir as expressões machistas. Muitas delas reforçam a objetificação do corpo feminino e contribuem para a violência contra a mulher.

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3. Não aprovar piadas machistas

Além disso, devemos desaprovar piadas machistas. Ao escutá-las, precisamos repreender, nos posicionar e explicar o motivo pelo qual essa piada não é aceitável ou engraçada.

4. Ouvir outras mulheres

Um dos pontos importantes é ouvir outras mulheres. Muitas mulheres passam por situações de violência doméstica ou no trabalho e não têm ideia de que isso esteja acontecendo. Porém, ao conversar e ouvir outras mulheres, nós podemos ajudá-las a identificar comportamentos problemáticos.

5. Incentivar a liderança de mulheres

Uma das formas de contribuir para o fim da violência contra a mulher é incentivar as mulheres a serem líderes. É uma forma de dar voz ao gênero.

6. Equiparação salarial

A equiparação salarial é uma forma de diminuir as diferenças entre os gêneros. Ela permite que as mulheres possam ser donas do seu próprio dinheiro e consigam ter o mesmo destaque que os homens no mercado de trabalho.

7. Não julgar outras mulheres

Essa atitude é muito importante para que nós, mulheres, possamos combater a violência. Ao julgarmos outras mulheres por suas roupas e formas de dançar, por exemplo, estamos contribuindo para uma sociedade cada vez mais patriarcal, que coloca a mulher como um objeto que deve ser moldado para não fugir dos padrões machistas.

8. Jamais culpar a vítima

Uma das formas de combater essa violência é esquecer de vez a culpabilização da vítima: nunca é culpa da vítima! Ao pensar o contrário, nós estamos legitimando a violência contra a mulher e encontrando justificativas para amenizar a culpa do agressor.

Apesar de parecer fácil, combater a violência contra a mulher é um processo que exige uma desconstrução diária, uma quebra de padrões e muita luta. Estamos juntas nessa!

A Lei Maria da Penha

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A Lei Maria da Penha estabelece como crime toda e qualquer violência doméstica e intrafamiliar. Esses crimes devem ser apurados e julgados, sem aplicação de penas pecuniárias ao agressor. Além disso, a lei tipifica a violência doméstica, como explicamos um pouco mais acima.

A lei foi sancionada no ano de 2006 e leva o nome de uma mulher que dedica a sua vida à luta contra a violência doméstica e cujo marido tentou assassiná-la duas vezes. Depois de muitas discussões, fóruns e artigos, a lei foi aprovada e vigora até os dias atuais.

Por fim, se você está passando por alguma das situações acima, não se silencie e consulte um advogado para ser orientada. Se você conhece alguém que esteja sofrendo violência, escute, converse e oriente. Aproveite para conhecer mais sobre o sexismo e suas consequências na sociedade.

Publicitária pela UFC, especialista em Propaganda e Marketing e em Produção de Conteúdo. Apaixonada por futebol, séries e pelo meu Nordeste!